quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Gravidez Parte I - Enjôo e Azia


     As alegrias e os dilemas das gestações são quase sempre os mesmos (ou bem parecidos), então, embora cada experiencia seja única e diferente para cada mulher, resolvi contar as minhas, para quem sabe, ajudar ou consolar as barrigudas.
    Suspeitei que estava grávida só por conta dos enjôos, a menstruação ainda estava em dia... não conseguia imaginar que enjôos tão fortes e constantes pudessem ser só resultados de problemas gástricos, por um simples motivo: eu peguei nojo de vários alimentos que antes eu amava! Sempre amei comidas bem temperadas, e de repente, não podia nem ler a palavra "alho". Cheiro de cebola no azeite então... era pra morrer! Nojo de carne vermelha, nojo de peito de peru, nojo de bolo, nojo de doces (!), nojo de tudo... O médico disse: "tenha paciência,  pois geralmente passa após o terceiro mês".
    Esse "geralmente" me enlouqueceu! E se não passasse? Ele me disse que eu poderia tomar só um tipo de remédio pra enjôo (aquele bem famoso, que dá um soninho absurdo!). O outro, bem famoso também, é contra-indicado na fase inicial da gravidez, por estimular a produção de leite. Ok, tomava o remédio, mas esse remédio, somado ao sono absurdo que eu tinha, me fazia dormir durante todo o tempo que o remédio fazia efeito, então, quando eu acordava, já estava enjoada de novo! Perdi 5 quilos nos três primeiros meses! Fui descobrindo aos poucos, que alimentos doces e bem gelados, davam um certo alívio. Tigelas de açaí (SEM granola, SEM frutas) me deram um excelente apoio, achocolatados bem gelados, bem fortes também. Às vezes, comia frutas geladas, outras vezes bolacha de água e sal. Só. Nada mais. E, as vitaminas que o médico prescrevia, eu tomava bem antes de dormir, quando já estava na cama, porque dormindo (só dormindo) eu não vomitava, então, elas eram absorvidas! Também andava com várias folhinhas de boldo na minha bolsa, no meu bolso, no carro, em todo lugar, e quando sentia enjôo na rua, em algum lugar público, eu ficava cheirando as folhinhas... dava pra aguentar um tempo assim. Quando completei exatamente 3 meses e 15 dias, deu uma vontade louca de comer pão com manteiga. Comi 3, não vomitei e a fase negra passou! Assim, como num passe de mágica, como se nada tivesse acontecido! Fiquei um pouco longe de alguns alimentos depois, passei a gostar de outros, mas nada de ficar sem comer, vomitando...
    Por volta do oitavo mês, comecei a ter azia. Na verdade, comecei a ter incêndios no estômago, todas as noites. Nessa fase eu  já não dormia mais deitada (minha filha era enooorme pro meu corpo pequeno, se deitasse, eu não respirava), e isso ajudava a aliviar a azia, porque sentada, é mais difícil ter refluxo gástrico (um problema comum nessa fase e que piora a azia). Mesmo assim, era só bater o soninho que começava a queimação. Água de côco gelada e leite de magnésia com hortelã foram os salvadores! Não há mais nada que se possa fazer. Ah, sim, evitar frituras, doces, comida pesada... e esperar, porque quando o baby nascer, passa...!
Muita sorte pras barrigudas!
Miau!

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